. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. era o trabalho político, e antes que as vistas dos chefesprincipaes se fixassem em D. Pedro como elemento capaz de rea-lizar a transformação por que todos ansiavam. O que constitue,porém, um desrespeitoso falseamento á verdade positiva é procla-mar jse que Joaquim Gonçalves Ledo, — emquanfo José Bonifá-cio se mantinha partidário da união constitucional dos dois Rei-nos — inflammava os corações e impressionava a opinião pú-olica com seus formidáveis artigos


. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. era o trabalho político, e antes que as vistas dos chefesprincipaes se fixassem em D. Pedro como elemento capaz de rea-lizar a transformação por que todos ansiavam. O que constitue,porém, um desrespeitoso falseamento á verdade positiva é procla-mar jse que Joaquim Gonçalves Ledo, — emquanfo José Bonifá-cio se mantinha partidário da união constitucional dos dois Rei-nos — inflammava os corações e impressionava a opinião pú-olica com seus formidáveis artigos do Revérbero, em prol daindependência (1). Isso é positivamente uma falsidade histó- (1) Assis Cintra — O Homem da Independência, página 88. Amesma página do mesmo livro lê-se que, na propaganda independencista,entre o funccionalismo público destacava-se Luís José de Carvalho e Mello(Barão de Santo Amaro) — o que constitue erro do Autor, pois LuísJosé de Carvalho e Mello foi Visconde da Cachoeira. O Barão, depoisVisconde e Marquês de Santo Amaro, chamava-se José Egydio Álvaresde Almeida. 203. rica que não pode passar sem immediato e categórico Revérbero Constitucional fundounse a 15 de Setembro de 1821,sob a direcção daquêlle jor-nalista e do illustre PadreJanuário da Cunha Barbosa;e os artigos políticos que pu-blicava eram solidariamenteescriptos por ambos os Reda-ctores. Um additava e reviasempre o que o outro escrevia,segundo êlles mesmos infor-maram de viva voz ao Vis-conde de Porto Seguro e es-te nos transmittiu na sua His-tória da Independência (pá). Pois bem: logo no se-gundo número desse valenteperiódico, editado a 1.° deOutubro, estamparam êlles um artigo, do qual extrahimoseste expressivo trecho textual de agradecimento e exhortação ásCortes de Lisboa: Pela parte dos nossos compatriotas, Con-gresso illustre da lusa Monarchia, nós vos agradecemos a procla-mação da nossa liberdade. Si a


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